La Niña segue influenciando clima no Brasil ao menos até março
Na região Sul, SC e Paraná terão chuvas acima da média, mas RS segue prejudicado
|Precipitações abaixo da média poderão reduzir ainda mais os níveis de água no solo, principalmente no centrossul do Rio Grande do Sul. (foto - Sistema CNA/Senar)
La Niña e chuva são dois termos recorrentes no boletim agroclimático do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), divulgado nesta terça (dia 9), com as previsões para o primeiro trimestre de 2023 (de janeiro a março).
A combinação, entretanto, nem sempre tem o mesmo resultado, uma vez que aparece atrelada, dependendo da região, a estimativa de excesso de chuva ou mesmo previsão de estiagem.
No Norte, como exemplo, indica predomínio de chuvas acima da média climatológica em praticamente toda a região, ainda devido à atuação do fenômeno La Niña e da umidade advinda do oceano Atlântico que é carregada pelos ventos alísios na região equatorial.
Desta forma, poderão ocorrer chuvas próximas da média durante o trimestre, no oeste do Amazonas, oeste de Rondônia, sul do Tocantins e extremo norte do Amapá e de Roraima.
Para a região, a temperatura do ar deverá prevalecer em praticamente toda a região próxima da média, exceto sobre o extremo norte do Tocantins e centro-norte do Pará com temperaturas ligeiramente abaixo da climatologia.
A previsão do balanço hídrico indica a manutenção de áreas com armazenamentos elevados em praticamente toda a região nos próximos três meses.
Região Sul
A previsão no Sul é chuva ligeiramente acima da média climatológica no nordeste de Santa Catarina e centro leste do Paraná.
No Rio Grande do Sul, são previstos totais de chuvas próxima e abaixo da média em decorrência dos impactos que o fenômeno La Niña ainda poderá causar.