Preocupada com o El Niño, FAO elabora pacote de ações preventivas

Brasil, Austrália e África do Sul, principais produtores e exportadores de cereais, estão entre os países em risco de seca, diz relatório

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"Os alertas antecipados (pelo mundo) implicam a necessidade de tomar medidas preventivas e preventivas", diz FAO.  (foto - FAO)

"Os alertas antecipados (pelo mundo) implicam a necessidade de tomar medidas preventivas e preventivas", diz FAO. (foto - FAO)

08deMaiode2023ás16:15

Relatório elaborado pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) alerta para os efeitos do El Niño em 2023 e possíveis impactos na segurança alimentar mundial, caso as previsões climáticas se confirmem. 

Segundo o estudo Sistema Global de Informação e Alerta Precoce sobre a Alimentação e a Agricultura, elaborado pela equipe de Mudanças Climáticas, Biodiversidade e Meio Ambiente, e divulgado agora em maio, a formação do El Niño preocupa especialmente partes da África, América Central e o Caribe e da Ásia.

Austrália, Brasil e África do Sul, principais produtores e exportadores de cereais, estão entre os países em risco de seca, diz a FAO.

“Os alertas antecipados (pelo mundo) implicam a necessidade de tomar medidas preventivas e preventivas, e apoiaremos nossos Membros nisso conforme os recursos permitirem”, disse Rein Paulsen, chefe do Escritório de Emergências e Resiliência da FAO, em entrevista na semana passada.

Segundo o relatório, a atenção é maior em regiões que já “experimentam altos níveis de insegurança alimentar aguda” ou onde “importantes campanhas agrícolas estão sujeitas aos padrões de condições atmosféricas mais secas características do El Niño.”

Em 2015 e 2016, vale citar, os eventos do El Niño afetaram mais de 60 milhões de pessoas em cerca de 23 países, razão pela qual, agora, a FAO vem estabelecendo planos e protocolos de ações preventivas.