El Niño deve atingir seu pico em dezembro, alerta MetSul

Mês marca o começo do chamado verão climático que compreende o trimestre de dezembro a fevereiro

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Chuva é mais abundante nesta época do ano no Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil. (Foto - MetSul)

Chuva é mais abundante nesta época do ano no Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil. (Foto - MetSul)

29deNovembrode2023ás15:40

Como será o clima em dezembro? Vai chover? Teremos nova onda de calor no Brasil? A MetSul Meteorologia prevê que o mês que começa na sexta-feira (dia 1) transcorrerá com El Niño em forte intensidade. O fenômeno deverá atingir seu pico no próximo mês.

Dezembro marca o começo do chamado verão climático que compreende o trimestre de dezembro a fevereiro, assim como o início do verão astronômico que terá início em 2023 à 0h27 do dia 22 de dezembro.

Trata-se de um período do ano importante no turismo pelas viagens de fim de ano e ainda na agricultura que avança com a safra de verão. O mês, historicamente, marca um aumento expressivo no número de dias de calor no Sul do Brasil e da frequência de chuva com incremento de volumes no Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil à medida que começa a estação chuvosa nos estados do Centro do país.

A maior parte do Sul do Brasil na climatologia não tem radical variação chuva durante o ano, mas no Centro-Oeste e o Sudeste do Brasil há uma estação seca que tem seu auge no inverno e a chuvosa que se dá nos meses quentes do ano. Por isso, chove muito mais em dezembro que em meses da metade do ano.

A chuva é mais abundante nesta época do ano no Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil por uma condição chamada de Zona de Convergência do Atlântico Sul, um corredor de umidade que vem da Amazônia e vai até o Sudeste que persiste por vários dias com chuva frequente e volumosa, geralmente desencadeado por uma frente fria.

No Sul, ao contrário, embora frentes frias que trazem chuva não deixem de atuar, os sistemas se tornam menos frequentes e costumam passar mais pelo oceano. A mudança principal que se dá no mês é o aumento da incidência de pancadas de chuva localizadas associadas ao calor e umidade, em regra da tarde para a noite e às vezes com temporais, o que gera irregularidade e variabilidade de volumes maiores que nos meses de inverno, quando a chuva tende a ser melhor distribuída.