Por adiar casos de gripe aviária, Brasil pôde firmar acordos para restringir impacto de embargos
País evitou por dois anos a entrada do vírus em granjas comerciais após casos em aves silvestres

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta sexta-feira (16) que o Brasil poderá mitigar impactos comerciais por ter conseguido adiar por mais de dois anos a entrada da gripe aviária em granjas comerciais.
A declaração veio após o anúncio do primeiro foco do vírus H5N1 em um plantel industrial de matrizes em Montenegro, no Rio Grande do Sul, confirmado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O primeiro surto da doença ocorreu em aves silvestres em 2023. Ao longo de 2024, o Brasil apresentou apenas 15 casos em aves silvestres e nenhum em aves de subsistência ou comerciais.
Segundo Fávaro, esse intervalo foi crucial para que o país negociasse acordos sanitários de regionalização com destinos estratégicos como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Japão, Reino Unido e Argentina.
Nestes casos, eventuais embargos se limitam ao estado ou região onde a doença é identificada, e não a todo o território nacional.