Fertilizantes nitrogenados são parte essencial da cafeicultura regenerativa

Frente às mudanças climáticas e aos desafios enfrentados na produção de alimentos, a agricultura regenerativa desponta como uma solução viável para diversos cultivos. O tema vem ganhando força no agronegócio e já está sendo implementado com sucesso em um cultivo essencial para a economia brasileira: o café.

A cafeicultura regenerativa incorpora uma série de práticas agrícolas mais sustentáveis e aposta na inovação para garantir produtividade e rentabilidade com respeito o meio ambiente.

Mas afinal, o que é agricultura regenerativa e como é possível aplicá-la na lavoura? Eu explico.

Antes de mais nada, é importante entender o que é a agricultura regenerativa e seus pilares.

Atualmente, não existe uma definição única para descrever o termo. No entanto, existe um consenso por pesquisadores, empresas e instituições relacionadas ao tema de que a agricultura regenerativa engloba um conjunto de práticas agrícolas conservacionistas que visam reduzir os impactos ambientais no cultivo da terra, e contribuir positivamente em todo o ecossistema local.

Trata-se de uma prática holística e sustentável para a produção de alimentos que vai além da simples ideia de manter/sustentar o que já é feito, visando restaurar ecossistemas, melhorar a biodiversidade, promover o bem-estar dos agricultores e comunidades locais, e mitigar os impactos das mudanças climáticas.

Para a Yara, os principais pilares da prática incluem uma abordagem sistemática, baseada em resultados, em cinco áreas fundamentais: clima, saúde do solo, uso de recursos, biodiversidade e prosperidade.

Em um cenário onde a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) destaca que cerca de 33% do solo em nível global está moderada ou altamente degradado, a preocupação com a saúde do solo é urgente e se mostra a principal iniciativa para uma a agricultura regenerativa bem-sucedida.

O solo é como um ser vivo complexo, repleto de microrganismos, matéria orgânica, água e minerais. Manter esse equilíbrio é essencial para que possamos seguir produzindo alimentos em larga escala, com qualidade e em grandes áreas.

Se o solo padece, nossa área cultivável diminui, assim como a qualidade das colheitas, o que pode impactar gravemente a segurança alimentar do planeta.

Atenta a este tema central para o futuro da humanidade, a Yara focou seus esforços em pesquisa científica para um dos principais cultivos do país, o café, investindo em parcerias com Instituições públicas e privadas em busca de resultados que comprovem a eficácia das soluções agrícolas desenvolvidas pela companhia em apoiar de forma eficaz a agricultura regenerativa.

Solo saudável e plantas mais resilientes

As mudanças climáticas estão entre os fatores que mais afetam o futuro da indústria do café. Um estudo de 2023, publicado na revista PLOS Climate, aponta que os picos de temperatura constantes em várias regiões do mundo são um risco para o cultivo de café.