Fertilizantes de alta eficiência e práticas regenerativas são a resposta para os desafios da citricultura
Brasil é o maior produtor mundial de laranja e o maior fornecedor de suco de laranja

A liderança mundial do Brasil no cultivo de citros pode estar ameaçada? Os últimos anos trouxeram importantes avanços para a citricultura brasileira quando o assunto é sustentabilidade.
A atividade vem se modernizando, adotando práticas agrícolas mais sustentáveis, investindo na agricultura regenerativa e apostando na adubação inteligente para conquistar resultados impressionantes. Os esforços se refletem no mercado mundial.
Atualmente, o Brasil é o maior produtor mundial de laranja e o maior fornecedor de suco de laranja, com cerca de 34% da produção global e 76% do mercado global da bebida.
Apesar dos bons resultados, o setor vem enfrentando desafios causados principalmente pelo clima extremo, com picos de temperatura que levam ao abortamento de frutos, e pelo greening, uma doença extremamente agressiva que impacta as principais regiões produtoras no Brasil.
Mas como é possível ajudar o produtor a superar esses desafios de forma sustentável?
A citricultura brasileira gera empregos, movimenta a economia e contribui para o fortalecimento da balança comercial brasileira, com exportações que movimentam bilhões de dólares anualmente.
Em 2023, o Brasil exportou mais de 1,5 milhão de toneladas de suco de laranja, consolidando sua liderança global e destacando a importância da citricultura para o agronegócio nacional.
No entanto, a região do cinturão citrícola, que engloba parte dos estados de São Paulo e Minas Gerais, vem sofrendo perdas significativas de produtividade por conta do greening, uma doença comum na cultura, que causa queda dos frutos, perda de qualidade e definhamento das plantas ao longo dos anos.
Ao mesmo tempo, o clima extremo, com picos de temperatura e longos períodos de estiagem, está causando o abortamento dos frutos em sua fase inicial.
Em períodos de altas temperaturas, as plantas sofrem com o estresse térmico, o que pode prejudicar processos essenciais como a fotossíntese e a respiração.
Estressada, a planta diminui seu metabolismo e acaba por abortar os frutos na fase de chumbinho.
O calor excessivo afeta todo desenvolvimento do fruto, reduzindo seu tamanho, peso e qualidade. As temperaturas extremas ainda podem causar danos nas estruturas das flores e frutos em desenvolvimento.
Flores expostas a calor excessivo tendem a murchar e secar rapidamente, o que impede a formação dos frutos.
A estiagem agrava ainda mais esse cenário, pois a falta de água disponível no solo impede a absorção adequada de nutrientes pelas raízes. A deficiência hídrica compromete a saúde geral da planta, levando à queda prematura de folhas e flores e à menor formação de frutos.
No caso dos citros, a falta de água durante a fase crítica de crescimento dos frutos pode resultar em frutos menores e menos suculentos, impactando diretamente a produtividade e a qualidade da colheita.