Brasil abre 2023 com queda de 16,8% nas exportações de café

Com menor cotação atual, receita caiu 17,8%, somando US$ 613,8 milhões

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O complexo marítimo de Santos (SP) foi o principal exportador dos cafés do Brasil em janeiro de 2023, com a remessa de 80% do total do mês. (foto - Cecafé)

O complexo marítimo de Santos (SP) foi o principal exportador dos cafés do Brasil em janeiro de 2023, com a remessa de 80% do total do mês. (foto - Cecafé)

09deFevereirode2023ás17:18

O Brasil registrou queda, tanto em volume, quanto em receita, nas exportações de café em janeiro, quando comparado com o mesmo período de 2022. 

De acordo com relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) os embarques do grão totalizaram 2,843 milhões de sacas de 60 kg, uma redução de 16,8% na comparação com o primeiro mês de 2022.

 Em receita cambial, o declínio é de 17,8% em mesmo intervalo comparativo, com as remessas gerando US$ 612,8 milhões.

O período de entressafra, após duas colheitas menores, e impactadas pelas adversidades climáticas nos últimos anos alterou a dinâmica do mercado neste início de ano, segundo Márcio Ferreira, presidente do Cecafé.

“Há certa resistência dos produtores em comercializar seu estoque da safra 2022 nas bases atuais de preço, que caíram significativamente desde outubro, fatos que justificam o recuo observado em janeiro”, analisa.

Com a queda acentuada das cotações internacionais há quatro meses, cujo movimento registrou as mínimas em janeiro, Ferreira explica que os diferenciais dos cafés arábicas brasileiros apertaram bastante.

Isso porque as cotações no mercado físico não acompanharam o declínio externo na mesma proporção, dada a resistência dos produtores em período de entressafra.