Área de feijão perdeu 1,2 milhão de hectares em 12 anos
Safra 2022/2023 tem menor da série história, porém colheita segue prevista em 3 milhões de grãos
|Presidente da Conab prometeu "garantir a rentabilidade" aos produtores. (foto - banco de imagens CNA/Senar)
Apesar de ser um dos itens mais tradicionais da alimentação do povo brasileiro, o feijão vem perdendo espaço no campo nos últimos 12 anos, em razão da menor rentabilidade na comparação com culturas como soja e milho que competem por área.
Recente levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quarta-feira (dia 24), dentro do Boletim AgroConab, aponta que o feijão atingiu na safra 2022/2023 a menor área semeada na série histórica.
Segundo o 8º levantamento da safra de grãos 2022/2023 de maio a área semeada destinada a cultura será de 2.742,4 mil/há, uma perda de 4,1% na comparação com a safra anterior.
Nos últimos 12 anos, o feijão perdeu cerca de 1,2 milhão de hectares, segundo a Conab. “O maior recuo pode ser percebido no Nordeste, onde foi registrada uma queda de cerca de 33% na região”, pondera o analista de mercado da Companhia João Ruas.
A boa notícia é que, apesar da redução do espaço na atual safra, a cultura elevou em 7,4% a produtividade (que atualmente é de 1.123 kg/há), em relação a 2022.