Saiba mais sobre como funciona o bloco Brics

Grupo se reúne na África do Sul e pode ser ampliado

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Lula chega à África do Sul para 15ª Cúpula do Brics. (Foto - Ricardo Stuckert/Agência Brasil)

Lula chega à África do Sul para 15ª Cúpula do Brics. (Foto - Ricardo Stuckert/Agência Brasil)

21deAgostode2023ás14:43

O Brics é um grupo econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que vai se reunir pela 15ª vez a partir de amanhã dia (22), em Joanesburgo, África do Sul.

Dos países do bloco, estarão presentes os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Cyril Ramaphosa (África do Sul) e Xi Jinping (China), e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Por causa da guerra na Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, participará de forma remota, porém enviou um representante.

O grupo conta com 26% do Produto Interno Bruto (PIB) global e não possui um critério formal de filiação. O Brics funciona mais ou menos nos moldes do G7 (grupo das sete maiores economias do planeta), que periodicamente se reúne para discutir políticas externas.

Nos últimos anos, o Brics ganhou força ao promover acordos de cooperação mútua e constituir um banco de desenvolvimento, atualmente presidido pela ex-presidenta Dilma Rousseff.

O grupo nasceu de um acrônimo (palavra formada por iniciais) cunhado em 2001 por Jim O’Neil, então economista-chefe do banco de investimentos Goldman Sachs. Na época, o economista tentava designar economias emergentes com alto potencial de crescimento no século 21. Cinco anos depois do nascimento, os quatro países constituíram um fórum formal de discussões.

O Bric promoveu a primeira reunião de chefes de Estado em 2009, na Cúpula de Ecaterimburgo, na Rússia. Em 2011, na terceira reunião de cúpula, em Sanya (China), a África do Sul foi incluída, e a sigla ganhou a letra s.

Banco

A partir de 2014, foi criado o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), também conhecido como Banco do Brics. Fundada formalmente em 2015, a instituição financia projetos de infraestrutura e crescimento sustentável nos países-membros. Em oito anos, o NDB emprestou US$ 33 bilhões para 100 projetos de infraestrutura, energia renovável, transporte, entre outras iniciativas.