Forte alta em Chicago deve trazer novo impulso à cotação da soja no Brasil

Clima irregular no Brasil e desempenho do petróleo são fatores altistas

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Brasil já embarcou mais de 30 milhões de toneladas de soja no segundo semestre, superando em 16,7% o volume de toda a segunda metade de 2022. (foto - CNA)

Brasil já embarcou mais de 30 milhões de toneladas de soja no segundo semestre, superando em 16,7% o volume de toda a segunda metade de 2022. (foto - CNA)

06deNovembrode2023ás17:37

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços em forte alta. A preocupação com o clima irregular no Brasil e os ganhos do petróleo garantiram a quinta sessão consecutiva de valorização.

Dessa forma, os preços da saca de soja atingiram o maior patamar nos Estados Unidos desde 14 de setembro. No Brasil, os dois primeiros dias úteis do mês tiveram leve viés de baixa, mas o cenário externo deve trazer novo impulso.

Até porque a demanda externa por soja brasileira está bastante aquecida. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário é favorecido sobretudo pela restrição da oferta de outros países da América do Sul e pela menor produtividade nos Estados Unidos.

Além disso, os preços do Brasil estão atrativos, diante dos menores prêmios de exportação. Em outubro, as exportações brasileiras da oleaginosa somaram 5,5 milhões de toneladas, segundo dados da Secex, um recorde para o mês, e ampliando para 92,8 milhões de toneladas a somatória do volume escoado em 2023 (até outubro).

Somente neste segundo semestre, foram embarcadas mais de 30 milhões de toneladas de soja, superando em 16,7% o volume exportado em todo o segundo semestre de 2022.