Biodigestores podem gerar economia de R$ 1,5 bilhão para pequenos pecuaristas

O uso de biodigestores pode gerar uma economia de R$ 1,45 bilhão por ano aos pecuaristas do Brasil. O valor estimado foi feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Essa economia aconteceria se metade das pequenas e médias propriedades pecuárias brasileiras produzissem gás a partir de resíduos orgânicos.

Segundo a Embrapa, esse é o valor - R$ 1,45 bilhão por ano - que 504 mil fazendas, metade das que mantêm entre 10 e 100 cabeças de gado, economizariam ao deixar de comprar o botijão de gás liquefeito de petróleo (GLP).

Além disso, o impacto ambiental seria considerável: 595,2 mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente deixariam de ser emitidas a cada ano.

Essa redução seria fruto da substituição de um combustível fóssil (GLP) por outro de fonte renovável, o biogás.

Os pequenos pecuaristas ainda podem ter ganhos com o digestato, um subproduto valioso gerado no processo de biodigestão que pode ser utilizado como matéria-prima para biofertilizantes e que também pode ser aproveitado na lavoura na própria fazenda.

O investimento estimado que o produtor deve fazer para a instalação dos biodigestores é de R$ 10 mil por propriedade.

Como a Embrapa chegou aos dados?

A estimativa é fruto de um estudo realizado por pesquisadores da Embrapa Agroenergia (DF), a partir de dados coletados de um biodigestor instalado em caráter experimental em uma propriedade em Luziânia (GO).

A equipe tomou como base dados obtidos em uma instalação-piloto de biodigestor feita no início deste ano, na propriedade de Benedito Bento Gonçalves da Cruz, na cidade goiana, que mantém cerca de 60 cabeças de gado leiteiro.