El Niño chega ao fim: entenda o que vai acontecer agora e quando o La Niña se forma

Agência de tempo e clima dos Estados Unidos oficializou hoje o término do fenômeno

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El Niño provocou extremos climáticos no Brasil, como as enchentes no Rio Grande do Sul. (Foto: Mauricio Tonetto)

El Niño provocou extremos climáticos no Brasil, como as enchentes no Rio Grande do Sul. (Foto: Mauricio Tonetto)

13deJunhode2024ás15:18

A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos, a NOAA, oficializou hoje (dia 13) o fim do fenômeno El Niño de 2023-2024.

Com isso, o Oceano Pacífico está em fase de neutralidade, o que significa que não há a presença nem do fenômeno El Niño e tampouco da La Niña. A mudança de fase no Pacífico ocorre após meses de águas muito aquecidas na faixa equatorial com aquecimento que se iniciou no outono do ano passado.

Maior vilão, mas não o único do excesso de chuva do ano passado e deste outono no Rio Grande do Sul, com grandes enchentes, o episódio do El Niño de 2023-2024 foi um dos mais fortes das últimas décadas e teve início em junho passado.

No seu pico, na primavera do ano passado, a anomalia da temperatura da superfície do mar chegou a 2,1ºC em novembro no Pacífico Equatorial Centro-Leste, em patamar de Super El Niño.

Mudança leva tempo

A mudança na atmosfera vai levar ainda algum tempo, uma vez que a atmosfera da Terra ainda responde por algum tempo às condições de El Niño que prevaleceram durante os últimos meses.

Assim, o fim do El Niño não significa uma mudança imediata do padrão atmosférico global. O El Niño trouxe meses de chuva acima a muitíssimo acima da média com grandes enchentes em setembro, novembro e agora em maio.

Historicamente, o fenômeno causa chuva extrema e inundações no território gaúcho nos meses de primavera do ano do seu início (2023) e no outono do ano seguinte (2024).