Substituição do dólar por moedas locais nas transações do Brics ganha força para reduzir a dependência monetária

Paralelamente, os países do bloco estão explorando a criação de uma moeda digital comum

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Substituição do dólar por moedas locais nas transações do Brics ganha força para reduzir a dependência monetária
24deOutubrode2024ás11:18

Durante a 16ª Cúpula do Brics, realizada em Kazan, na Rússia, um dos temas centrais discutidos foi a adoção de alternativas ao dólar norte-americano, com foco na utilização de moedas locais no comércio internacional. 

O evento, presidido pela Rússia, contou com a presença de líderes de países como China, Índia, Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e África do Sul, além da participação remota do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os membros do BRICS estão avançando na proposta de aumentar o uso de suas moedas nacionais nas transações entre si, buscando diminuir a dependência do dólar. 

Paralelamente, os países do bloco estão explorando a criação de uma moeda digital comum, destinada a facilitar o comércio internacional e fortalecer seus sistemas financeiros. 

Enquanto a nova moeda não se concretiza, os países do Brics estão explorando a possibilidade de utilizar suas moedas nacionais em transações bilaterais, reduzindo vulnerabilidades decorrentes de potenciais sanções internacionais. 

Um exemplo é o acordo firmado entre Brasil e China em março de 2023, que permite que operações comerciais entre os dois países sejam realizadas utilizando o yuan.

Defesa de uma Alternativa ao Dólar

Em um discurso por videoconferência na Cúpula do BRICS, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou a importância de avançar na criação de uma alternativa ao dólar para o comércio entre os países do bloco. 

Lula enfatizou que essa medida é essencial para garantir que a "ordem multipolar" desejada pelo bloco também se reflita no sistema financeiro internacional.