Frio, calor e temporais: Brasil enfrenta instabilidade climática com impacto no agro
Clima adverso eleva riscos no campo e afeta rotas de transporte agrícola pelo país
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A segunda metade de junho será marcada por instabilidade no clima, com avanço de frentes frias, chuvas volumosas, frio intenso e grande amplitude térmica em várias regiões do país. A previsão é do agrometeorologista Marco Antonio dos Santos, da Rural Clima.
Segundo ele, as novas frentes frias devem atuar principalmente sobre o Sul, o litoral do Sudeste e parte do Norte e Nordeste.
“Apesar do tempo aberto nesta segunda-feira, há previsões de chuvas ainda para hoje”, afirmou o especialista.
A frente fria em formação deve ganhar força na terça-feira (18), com maior impacto no Rio Grande do Sul. Ao longo da semana, as chuvas se mantêm sobre o estado e, a partir de quinta-feira (20), avançam para Santa Catarina, Paraná e o extremo sul do Mato Grosso do Sul.
São Paulo e a maior parte do Centro-Oeste, no entanto, devem seguir com tempo firme. “Não há previsões de chuvas para São Paulo, para grande parte do Sudeste, Centro-Oeste, nem para as regiões do Mato Grosso do Sul”, explicou Santos.
Chuvas no Norte e Nordeste
A previsão indica continuidade das chuvas no interior do Nordeste e no extremo norte da Região Norte. Já na semana seguinte, a partir do dia 23, uma nova frente fria pode avançar mais ao norte, com possibilidade de pancadas no Paraná, Mato Grosso do Sul e Paraguai, além de episódios localizados no norte do Mato Grosso, Rondônia e Bolívia.
“O começo da próxima semana voltará a ser marcado por algumas pancadas de chuvas em São Paulo”, destacou Santos, embora avalie que a frente não deve alcançar Goiás ou o interior do Mato Grosso.
A instabilidade está ligada à formação de um corredor de umidade que se alinha ao deslocamento das frentes frias pelo Atlântico, explicou o meteorologista. Esse cenário também pode afetar a logística agrícola.