Mês da Mulher: os ODS da ONU e a igualdade de gênero no agro

As mulheres representam a maior oportunidade comercial da atualidade.

Mês da Mulher: os ODS da ONU e a igualdade de gênero no agro
31deMarçode2022ás18:04

A nova agenda universal da Organização das Nações Unidas (ONU), que trata dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas, busca o equilíbrio das três dimensões do desenvolvimento sustentável - a econômica, a social e a ambiental - para concretizar os direitos humanos de todos. O ODS 5 visa a alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres e meninas.

Para buscar alinhar as ações de gênero implantadas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) ao ODS 5, o governo apresentou em 2018 o Plano Agro + Mulher para fortalecer o trabalho da mulher no campo, considerando o desenvolvimento sustentável das diversas cadeias produtivas, das cooperativas agropecuárias, das agroindústrias rurais, do acesso aos mercados nacional e internacional e de todos os setores envolvidos. A medida objetiva gerar igualdade de oportunidades no processo de acesso da mulher aos espaços de tomada de decisão no agronegócio brasileiro.

A redução das diferenças de gênero possibilitaria que mais 204 milhões de pessoas entrassem no mercado de trabalho global até 2025. Esse incremento poderia aumentar em 3,9% o Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Grande parte dos empregos (162,4 milhões ou 62%) seria gerada em países emergentes em virtude do seu tamanho relativo e de possuírem as maiores disparidades de gênero (Mujeres - Organização Internacional do Trabalho, OIT, 2017).

Apoiar e propor projetos de formação, educação e capacitação para as mulheres do agronegócio, por meio de ações institucionais, convênios, parcerias e outros instrumentos é primordial para diversidade e inclusão de mulheres. Veja abaixo o que é o ODS 5 e as nove regras em que ele se desdobra:

ODS 5. Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas

5.1. Acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e meninas em toda parte.

5.2. Eliminar todas as formas de violência contra todas as mulheres e meninas nas esferas públicas e privadas, incluindo o tráfico e exploração sexual e de outros tipos.

5.3. Eliminar todas as práticas nocivas, como os casamentos prematuros, forçados e de crianças e mutilações de genitais femininas.

5.4. Reconhecer e valorizar o trabalho de assistência e doméstico não remunerado, por meio da disponibilização de serviços públicos, infraestrutura e políticas de proteção social, bem como a promoção da responsabilidade compartilhada dentro do lar e da família, conforme os contextos nacionais.

5.5. Garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, econômica e pública.

5.6. Assegurar o acesso universal à saúde sexual e reprodutiva e os direitos reprodutivos, como acordado em conformidade com o Programa de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento e com a Plataforma de Ação de Pequim e os documentos resultantes de suas conferências de revisão.

5.a. Realizar reformas para dar às mulheres direitos iguais aos recursos econômicos, bem como o acesso a propriedade e controle sobre a terra e outras formas de propriedade, serviços financeiros, herança e os recursos naturais, de acordo com as leis nacionais.

5.b. Aumentar o uso de tecnologias de base, em particular as tecnologias de informação e comunicação, para promover o empoderamento das mulheres.

5.c. Adotar e fortalecer políticas sólidas e legislação aplicável para a promoção da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas em todos os níveis.

É muito importante nos capacitarmos cada vez mais sobre o tema governança ambiental, social e corporativa (ESG, na sigla em inglês), pois ao usar esse tripé como alicerce nos projetos e processos relacionados à sustentabilidade, as empresas promoverão excelência em engajamento de pessoas, gestão e organização de projetos e, principalmente, ter embasamento para criar estratégias que estabilizem o ecossistema organizacional. 

Gostou de artigo? Fique ligadinho aqui com a gente no Agrofy News que vem muito conteúdo por aí. Até breve!