Índice de Confiança do Agronegócio sobe no 1º trimestre, apesar da guerra

Contudo, aumento reflete principalmente indústria exportadora, não os produtores

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Índice de Confiança do Agronegócio sobe no 1º trimestre, apesar da guerra
18deMaiode2022ás14:52

A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) divulgou, hoje, que o Índice de Confiança do Agronegócio (ICAgro) fechou o 1º trimestre de 2022 em 111,5 pontos, 1,9 ponto acima do levantamento anterior.

O resultado foi puxado pelas indústrias situadas “Depois da Porteira”, o único segmento dentre todos os pesquisados em que de fato a confiança melhorou. Os indicadores específicos para “Antes da Porteira” e dos produtores agropecuários (dentro da porteira) caíram em relação ao último trimestre de 2021.

Apesar dessa diferença, houve entre os segmentos do agronegócio uma melhora das avaliações sobre a economia brasileira. “O bom momento das exportações do agronegócio é uma das razões às quais pode ser atribuído o ganho de otimismo, já que muitas empresas “Depois da Porteira” são exportadoras”, afirma o diretor de Agronegócio da Fiesp, Roberto Betancourt.

O Índice de Confiança do Agronegócio se manteve acima de 100 pontos, na faixa considerada otimista pela metodologia do estudo – resultados inferiores a isso denotam pessimismo.

Antes da Porteira

O setor de insumos agropecuários teve uma relativa perda de otimismo no início do ano. O índice de confiança desse segmento fechou o 1º trimestre em 107,7 pontos, queda de 3,7 pontos sobre o levantamento anterior.

Segundo a Fiesp, é importante destacar, porém, que o resultado se deve principalmente à piora na perspectiva dessas empresas quanto ao momento em que a pesquisa foi realizada.

“Boa parte das entrevistas aconteceu em março, durante o início da ofensiva russa na Ucrânia. Havia grande incerteza quanto à oferta e aos preços dos fertilizantes, e a comercialização de insumos para a próxima safra permaneceu praticamente parada”, argumenta o especialista.

Depois da Porteira

As indústrias de transformação e logística, situadas Depois da Porteira, apresentaram o crescimento mais importante - de 9,0 pontos para 117,4 - do índice de confiança no 1º trimestre do ano.