Leguminosa no pasto eleva até 60% peso do gado, diz Embrapa

Pesquisa apresenta resultados obtidos com a utilização de capim-marandu e desmódio

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Forrageira desmódio pode  permanecer no pasto por mais de nove anos. (fotos - Embrapa)

Forrageira desmódio pode permanecer no pasto por mais de nove anos. (fotos - Embrapa)

25deOutubrode2022ás15:10

Atenção criadores de bovinos: estudo da Embrapa Agrobiologia associa o uso consorciado de brachiaria brizantha (popularmente conhecida como capim-marandu) com a leguminosa forrageira desmódio à um aumento de até 60% no peso do animal, na comparação com uma pastagem sem uso de nitrogênio.

Tem mais: a introdução da leguminosa (batizada desmodium ovalifolium), após quatro anos de pesquisa, resultou no mesmo impacto da aplicação de 150 quilos de fertilizante nitrogenado por hectare ao ano na pastagem.

E ainda apresentou potencial de reduzir em até 30% o tempo de abate do animal – uma vez que os animais ganham peso com maior velocidade.

“Reduzir o tempo de abate significa também menos emissões de metano entérico (arroto do boi) para a atmosfera”, destaca Robert Boddey, pesquisador da Embrapa, ao lembrar que a redução também ocorre nos custos de produção.

Segundo a Embrapa, um animal adulto no pasto emite entre 50 e 60 quilos de metano por ano.

Outra boa notícia é que o uso do desmódio na pastagem, além de reduzir a emissão de metano entérico, diminuiu também a de óxido nitroso ao permitir a redução do uso de fertilizantes nitrogenados no pasto.