Receita Federal investiga esquema de sonegação fiscal com café
Operação Expresso estima prejuízo bilionário ao erário público
|Receita Federal investiga omissão de R$ 200 milhões de impostos federais apenas nessa fase da operação. (foto - Polícia Civil)
A Justiça cumpre 20 mandados de busca e apreensão no Paraná, Minas Gerais e Espírito Santo para investigação de um esquema milionário de sonegação de comercialização de café em grãos.
Essa é a terceira fase da Operação Expresso e conta com a participação da Receita Federal e da Polícia Militar. Desta vez, os alvos são pessoas físicas e jurídicas de Londrina, Sertanópolis, no Paraná, Varginha e Três Pontas, em Minas Gerais, e de Colatina e Guaçuí, no Espirito Santo.
Para o cumprimento dos mandados, duas forças-tarefas atuam simultaneamente nos três estados, envolvendo as Polícias Civis estaduais, a Receita Federal e a Polícia Militar.
As investigações descobriram que o grupo empresarial do setor cafeeiro utilizava notas fiscais frias e noteiras para sonegar impostos.
Nas outras duas fases, 70 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público porque se descobriu que eles creditavam indevidamente o valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) gerado a partir da compra de grãos de café.
Todos os alvos no Paraná são ligados a uma grande exportadora de café situada no distrito da Warta. O MP-PR afirmou que há a suspeita de que o grupo denunciado, alvo da primeira e da segunda fase, sonegou R$ 1 bilhão em impostos.