Tensão entre Lula e Milei marca cúpula do Mercosul
Diferenças sobre Venezuela, futuro do bloco e acordo com a União Europeia dominaram o encontro em Foz do Iguaçu
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A 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, realizada neste final de semana em Foz do Iguaçu (PR), foi marcada por um ambiente político tenso entre o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o argentino, Javier Milei, os principais líderes do bloco.
Imagens e relatos internos destacaram um cumprimento rápido, sem sorrisos e com visível distanciamento físico, registrado nas fotos oficiais da cúpula, reforçando um clima de frieza e descompasso político entre os dois governantes.
O clima já estava azedo antes mesmo do encontro. Na última semana, Milei publicou uma ilustração comparando o Brasil e vizinhos a uma “grande favela”, salvando apenas a Argentina como área futurista.
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As diferenças de visão ocorrem principalmente sobre temas delicados como Venezuela, com a pressão cada vez maior dos Estados Unidos pela renúncia do presidente Nicolás Maduro, tido pelo presidente Donald Trump como líder de uma facção narcoterrorista.
Lula alertou para os riscos de uma intervenção externa na região, com resultados imprevisíveis, que poderiam resultar, segundo ele, numa “catástrofe humanitária para o Hemisfério Sul, com ameaça militar contra a soberania”.
