Como as mudanças do clima afetam a agricultura familiar em SP?
Estudo da FGV aponta grau de vulnerabilidade dos pequenos produtores e a necessidade de mudanças
|Produção agrícola esta concentrada em poucas culturas e que; em geral, são as mais vulneráveis, diz o estudo. (foto - FGV)
Realizado no âmbito do projeto Cinturão+Verde, estudo do FGVces (Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas) avalia o grau de vulnerabilidade e de exposição dos pequenos produtores da região do Alto Tietê, em São Paulo, às ameaças climáticas.
A pesquisa, em um dos principais polos de produção de hortaliças do país, revela como a produção local encontra-se ameaçada em função dos efeitos das mudanças climáticas globais, que alteraram a frequência e a magnitude dos eventos extremos de seca e cheia.
E alerta para o fato de que, além do abastecimento de alimentos, está em risco o sustento de centenas de agricultores familiares, que têm a atividade agrícola como sua principal ou única fonte de renda.
“Em 36 anos, o aumento da quantidade de dias sem chuva em um ano foi da ordem de 13 para 20 dias, aproximadamente”, diz o estudo que aponta ainda, por exemplo, um aumento de 2, 2 °C na temperatura máxima média em Salesópolis, nos últimos 33 anos.
“Para a temperatura máxima média, além da tendência de variação ser positiva em todos os municípios considerados, ela cresce gradativamente em direção à parte mais a leste da bacia (...) A temperatura mínima segue um padrão similar. Logo, os dias frios estão ficando menos frios.