Dia do Combate à Pirataria: fraude em defensivos agrícolas gera R$ 15,1 bilhões de prejuízo ao ano

Número aumentou quase cinco vezes desde 2016, diz Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade

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Organizações criminosas visam piratear insumos agrícolas como defensivos, sementes, fertilizantes e produtos veterinários. (foto - Polícia Federal)

Organizações criminosas visam piratear insumos agrícolas como defensivos, sementes, fertilizantes e produtos veterinários. (foto - Polícia Federal)

02deDezembrode2022ás19:53

A pirataria causou prejuízos de R$ 300 bilhões na soma de 15 setores da economia e de R$ 15,1 bilhões apenas no segmento de defensivos agrícolas no Brasil em 2021.

Por isso, o Dia Nacional de Combate à Pirataria, marcado para amanhã (dia 3), mobiliza o setor produtivo e o poder público para reduzir tais perdas às empresas e na arrecadação de impostos, que afeta a toda sociedade indiretamente.

As estimativas, realizadas pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP) a partir de dados de associações setoriais, apontam um aumento de 386,9% desde 2016 nas perdas em produtos como pesticidas, herbicidas e fungicidas por ilegalidades, fraudes e piratarias.

“As organizações criminosas identificaram no setor do agro alta lucratividade e temos vistos operações da Polícia Federal com apreensões conjuntas de cigarro e defensivos. Também aumentaram os casos de outros segmentos do agro, como sementes, fertilizantes e produtos veterinários”, relata Edson Vismona, presidente do FNCP.

No total, nos últimos sete anos, os prejuízos causados pelo mercado ilegal à economia e à sociedade brasileiras triplicaram, passando de R$ 100 bilhões (2014) para R$ 300 bilhões (2021).

O setor de vestuário é o mais impactado, em volume, com perdas de R$ 60 bilhões em 2021, um aumento de 11% em relação ao ano anterior. O setor de defensivos agrícolas é o quinto mais afetado.

Outros segmentos que aparecem no topo da lista são combustíveis (R$ 26 bilhões); cosméticos e higiene pessoal (R$ 21 bilhões); bebidas alcoólicas (R$ 17,6 bilhões) e cigarros (R$ 13 bilhões).