Embrapa usa emissão de CO2 para reduzir praga do café

Experimento foi o primeiro no mundo a estudar a cultura do café e mostrou alta eficiência para conter bicho mineiro

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Resultado ocorre após experimento do tipo FACE - Free Air Carbon-dioxide Enrichment. (fotos - Embrapa)

Resultado ocorre após experimento do tipo FACE - Free Air Carbon-dioxide Enrichment. (fotos - Embrapa)

06deDezembrode2022ás11:01

O aumento da emissão de dióxido de carbono (C02) reduz a incidência do bicho mineiro nas plantações de café, de acordo com estudo recém divulgado pela Embrapa Meio Ambiente.

O resultado ocorre após experimento do tipo FACE (Free Air Carbon-dioxide Enrichment), que permite a emissão de CO2 a céu aberto justamente para avaliar seus efeitos nas plantas.

“O FACE Climapest proporcionou entender o efeito do aumento de dióxido de carbono na incidência de pragas e doenças. Experimentos assim requerem estudos que podem levar mais de três anos para plantas perenes, como o café”, explica o pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Wagner Bettiol.

O Brasil, maior produtor de café do mundo e responsável por 33,6% da produção mundial na safra 2021/2022, tem no bicho mineiro uma de suas piores pragas, com capacidade de perdas que podem chegar até 50% na cultura. 

O trabalho da Embrapa, realizado entre os anos de 2011 a 2015, mostrou também impactos positivos na altura das plantas, número de folhas e diâmetro do caule, mas nenhum efeito na incidência da ferrugem, outra doença muito nociva a essa cultura no País.