Produção de peixe panga impulsiona aquicultura em São Paulo
Segundo Faesp, estado concorre com a China para atender demanda do País
|“Peixe pode ser uma alternativa de menor custo, em função da eficiência na cadeia produtiva”, diz representante da Faesp. (foto - Sistema CNA/Senar)
A produção média anual de pangasius (conhecido como peixe panga) pode chegar a 200 toneladas/hectare, no modelo de viveiro escavado, de acordo com dados da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp).
Como comparação, a de tilápia é entre 10 a 20 toneladas.
Os números são citados para justificar não só a expansão da aquicultura no estado, mas a relevância da aprovação da alteração na legislação ambiental, em 2016.
A mudança tornou possível a criação em viveiros de novas espécies, entre elas o panga. “O peixe pode ser uma alternativa de menor custo, em função da eficiência na cadeia produtiva”, defende Martinho Colpani, presidente da Câmara Setorial do Pescado em São Paulo e coordenador adjunto da Comissão Técnica de Aquicultura da Faesp.
“Com a nova legislação, está crescendo no Estado a oferta do pangasius, uma espécie que permite alta produtividade no viveiro escavado”, avalia o coordenador adjunto. “Além disso, enquanto a tilápia oferece 30% de filé, o panga chega a ofertar 45%”, diz.
A diversificação de espécies é apontada como um passo fundamental na expansão da aquicultura em São Paulo, apontava pela Faesp como “atividade nacional de produção animal que mais cresce.”
“No Brasil, vemos um crescimento fantástico da produção de pescados nos últimos anos, devido a algumas características naturais: disponibilidade de terra, de água e de matéria prima”, analisa Colpani.
Ele cita que o setor busca manter a oferta constante, a preço adequado, colocando nas gôndolas os produtos mais apreciados pelos consumidores, como o filé de tilápia, hoje o líder de vendas.