Quebra no cultivo de milho das cooperativas do Rio Grande do Sul chega a 53% com estiagem
FecoAgro e Fetag pedem auxílios financeiros dos governos estaduais e federais
|Rio Grande do Sul enfrenta estiagem pelo terceiro ano consecutivo. (foto - Fecoagro-RS)
Balanço elaborado pela Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL) aponta perdas na agropecuária gaúcha, que vive o terceiro ano consecutivo de estiagem.
Após pesquisa com 21 cooperativas do Rio Grande do Sul, estima-se uma quebra no cultivo de milho sequeiro de até 53%, até a semana passada (dia 25).
Na soja, onde o desenvolvimento da cultura não está mais tardio, as perdas já chegam a 16%, na média ponderada.
Porém, o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), Paulo Pires, considera que a maior diferença da estiagem deste ano, na comparação com a de 2021, está na ‘concentração dos danos’.
Ele explica como exemplo o fato de que existem locais no Estado onde as perdas na soja são de mais de 40% e outras onde não há registro de danos. "Isso é uma questão muito séria e traz à tona outro ponto que é o das chuvas mal distribuídas, e essa situação agrava as nossas lavouras", observa.
Pires destaca também que existem perdas no arroz irrigado, onde as águas nunca estiveram tão baixas, consequência de três anos de estiagem. "Com o arroz a irrigação por inundação vem sofrendo com isto. E no milho, em muitas regiões o grão irrigado por aspersão tem problemas de água também", salienta.