Seguro rural x mudanças climáticas: como fica essa equação?

Estudo da PUC-RJ propõe ações para segurança da agropecuária brasileira

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Estudo da PUC-RJ traça um mapa do seguro rural no Brasil:  há mais de mil municípios produtores de soja sem nenhuma cobertura. (foto - Agência Brasil)

Estudo da PUC-RJ traça um mapa do seguro rural no Brasil: há mais de mil municípios produtores de soja sem nenhuma cobertura. (foto - Agência Brasil)

17deAbrilde2023ás10:57

Como o aumento de eventos climáticos adversos pode afetar a viabilidade do seguro rural? E que ações devem ser realizadas para que essa se mantenha uma equação saudável?   

Estudo elaborado pelo Climate Policy Initiative, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (CPI/PUC-Rio), divulgado na semana passada, cujo foco foi a cobertura da soja, busca mapear o seguro rural no Brasil, diante das mudanças climáticas.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística utilizados na pesquisa reforçam que o aumento da frequência de eventos climáticos adversos nos últimos anos contribuiu para elevar as indenizações do seguro rural e reduziu a oferta disponível, deixando os produtores rurais com menor cobertura.

“Identificar as variáveis climáticas é importante para a previsão de perdas futuras e, por conseguinte, para orientar a implementação de políticas públicas e de ações efetivas por parte das seguradoras”, avalia Priscila Souza, gerente sênior de pesquisa.

Ela destaca que a adoção de práticas modernas e sustentáveis, que contribuam para a adaptação e a mitigação das mudanças climáticas, requer investimentos consideráveis, da mesma também os produtores precisam de instrumentos financeiros adequados para lidar com os riscos envolvidos.

 “A oferta de seguros deve ser expandida para produtores e regiões com acesso limitado a produtos financeiros e que são mais vulneráveis a eventos climáticos.”

Outra observação é que por causa da diversidade climática e geográfica do país, algumas localidades estão mais expostas a riscos do que outras.