Embrapa 50 anos: como a ciência mudou o cultivo trigo no Brasil?

Atualmente com 124 cultivares, País sonha com autossuficiência em futuro bem próximo

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19deAbrilde2023ás15:43

São 124 cultivares de trigo, 21 de cevada, 16 de triticale, 4 de aveia e 3 de centeio disponibilizadas para a agropecuária desde a criação da Embrapa Trigo, em 1974 (em Passo Fundo – RS)

Não por coincidência, trata-se de um dos mais importantes centros de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) - que completa no próximo dia 26 de abril seus primeiros 50 anos de fundação.

Justamente por conta do “aniversário”, a própria Embrapa é quem se dedica ao balanço do papel da ciência, aqui com foco no desenvolvimento da cultura no País – considerando sua relevância na alimentação, inclusive, numa esfera global.

“A criação da Embrapa Trigo tinha a finalidade de reduzir a dependência externa do Brasil por trigo. As  importações oneravam os cofres públicos e a escassez desse cereal ameaçava a segurança alimentar da população”, conta o pesquisador Gilberto Cunha.

Desde então, o programa de melhoramento genético de cereais de inverno conduzido pela Embrapa tem sido determinante para o crescimento dos cultivos de inverno nos mais diversos ambientes do País.

No trigo, foram desenvolvidas cultivares para os mais diferentes usos, como fabricação de pães, massas, bolachas e biscoitos, além de trigos para alimentação animal em forma de grãos ou forragem conservada.

Atualmente, de cada dez cultivares de trigo que estão no mercado, sete contam com germoplasma da Embrapa. Vale citar ainda que atualmente a Embrapa Trigo conta com uma equipe de 178 colaboradores, em três regiões brasileiras.

Números expressivos ao longo da história

Com a contribuição da pesquisa, a média de produtividade em trigo cresceu 5 vezes nas lavouras brasileiras.