PF prende suspeito de ser o "maior desmatador da Amazônia"

Justiça ainda bloqueou R$ 116 milhões e confiscou 16 fazendas e 10 mil cabeças de gado

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Eles são acusados de promover o desmatamento de mais de 6,5 mil hectares de floresta, o equivalente a quatro vezes o tamanho das Ilhas de Fernando de Noronha.

Eles são acusados de promover o desmatamento de mais de 6,5 mil hectares de floresta, o equivalente a quatro vezes o tamanho das Ilhas de Fernando de Noronha.

03deAgostode2023ás15:39

A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã de hoje (dia 3), Bruno Heller, apontado como o suposto “maior desmatador da Amazônia”. A prisão ocorreu na cidade de Novo Progresso, no Pará, durante a Operação Retomada, que também realizou diligências em Sinop, no Maro Grosso.  

A PF cumpriu ainda mais dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, contra suspeitos de promover invasão de terras públicas e desmatamento no local.

A Justiça determinou ainda o bloqueio de R$ 116 milhões, além confiscar veículos, 16 fazendas e outros imóveis e a dez mil cabeças de gado. A medida tem como objetivo garantir um valor mínimo para a recuperação de recursos florestais extraídos e da área atingida.

De acordo com as investigações da PF de Santarém, no Pará, os suspeitos teriam se apossado de mais de 21 mil hectares de terras da União

Esquema de fraudes

Além disso, eles são acusados de promover o desmatamento de mais de 6,5 mil hectares de floresta, o equivalente a quatro vezes o tamanho das Ilhas de Fernando de Noronha, em Pernambuco, com agravante de ocupação de terras indígenas e unidades de conservação.

A investigação apontou um esquema para a criação de gado na floresta. Os crimes começavam com a realização de Cadastro Ambiental Rural fraudulento das áreas próximas às de propriedade privada de posse dos suspeitos, mas os registros eram feitos em nome de terceiros, principalmente de parentes.