Cientista desenvolve whey protein de grilo

Farinha proteica feita à base do inseto foi desenvolvida na Unicamp

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Farinha de grilo, desenvolvida em parceria com pesquisadores alemães; à esquerda, insetos em processo de secagem. (Foto - Jornal da Unicamp)

Farinha de grilo, desenvolvida em parceria com pesquisadores alemães; à esquerda, insetos em processo de secagem. (Foto - Jornal da Unicamp)

22deSetembrode2023ás12:13

Um pesquisador da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) desenvolveu uma farinha proteica feita à base de grilos – uma espécie de whey protein.

O alimento foi desenvolvido como trabalho de tese de doutorado do cientista de alimentos Antonio Bisconsin Junior, com o nome de “Insetos Comestíveis: Estudo do Consumidor e Desenvolvimento de Ingrediente Alimentício”, na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp.

O cientista ouviu a opinião de 780 consumidores de todo o país sobre o consumo de insetos para desenvolver seu trabalho.

Na pesquisa, o grilo despontou como o tipo de inseto comestível mais aceito, desbancando larvas, baratas e formigas. Também foi observado no estudo que haveria uma aceitação melhor do alimento se os insetos estivessem “disfarçados” no produto, ou seja, se não fossem identificáveis na sua forma natural – por isso a opção da farinha.

Para manter o grilo “escondido”, Bisconsin desenvolveu um concentrado proteico do animal, “um grilo protein”.

Comer insetos?

Na tese, ele mostrou alguns motivos para consumir insetos. Para produzir farinha proteica feita à base de grilos, ele investigou as vantagens de se comer insetos e procurou entender o que os brasileiros pensam sobre esse tipo de alimentação – por isso realizou a pesquisa com consumidores de todo o país sobre o consumo de insetos.