Produtores da América do Sul pedem revisão da lei antidesmatamento da UE
Produtores de soja e milho do Brasil, da Argentina e do Paraguai assinam manifesto
|Normativa europeia pode causar impactos à produção de milho e soja dos três países
Entidades representativas de produtores de soja e milho do Brasil, da Argentina e do Paraguai, através de um manifesto, demonstraram preocupação em relação à lei antidesmatamento da União Europeia e solicitam a revisão da medida.
Representantes dos três países reclamam do Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR), em vigor desde 30 de junho e que determina a proibição da importação de produtos provenientes de áreas com qualquer nível de desmatamento identificado até dezembro de 2020 - seja legal ou ilegal.
“O dispositivo em questão é uma barreira comercial disfarçada de medida ambiental que trará impactos consideráveis no custo de produção, aumento nos preços dos alimentos e causará distorção do comércio mundial”, diz o manifesto.
Ainda segundo o manifesto, as medidas também ferem a soberania dos países exportadores, além de extrapolar as competências regulatórias da União Europeia e colocam-se em posição discriminatória, “ferindo os princípios das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, do Acordo de Paris”.