Edição genética deixa galinhas imunes ao vírus da gripe aviária

Teste mostrou resultado “quase perfeito” em evitar contaminação das aves

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A nova pesquisa “ainda não chegou lá, mas acho que é um primeiro passo incrível e uma prova de conceito incrível”, diz Yount.

A nova pesquisa “ainda não chegou lá, mas acho que é um primeiro passo incrível e uma prova de conceito incrível”, diz Yount.

16deOutubrode2023ás14:25

Um grupo de pesquisadores afirmou que “pequenos ajustes” na genética das galinhas poderiam deixa-las imunes à contaminação pelo vírus da gripe aviária.

Publicada na prestigiosa Nature, a pesquisa até mesmo identificou o gene que deveria ser “desligado”.

O gene ANP32A fornece as instruções que dizem às células das galinhas como produzir uma proteína da qual os vírus da gripe dependem para sequestrar as células com sucesso.

A interrupção da capacidade do vírus aviário de controlar a proteína impediu que a maioria das aves geneticamente editadas fossem infectadas.

Testar a edição genética num animal de produção tão omnipresente e susceptível à gripe aviária torna o novo estudo “especialmente impactante e importante”, diz Jacob Yount, imunologista viral da Universidade Estatal de Ohio, em Columbus, que não esteve envolvido na investigação.

O vírus pode espalhar-se rapidamente entre as aves das explorações avícolas, por vezes com consequências devastadoras.

A partir de 2022, um surto atingiu a indústria avícola global, levando os agricultores a abater milhões de aves apenas nos Estados Unidos.

Após uma pausa no verão, em 4 de outubro, uma fazenda de perus em Dakota do Sul confirmou o primeiro caso em uma granja avícola dos EUA desde abril, afetando cerca de 47.300 aves.

Embora muitas cepas de gripe aviária causem apenas doenças leves em aves, cepas mortais como a que está por trás do surto global podem matar aves domesticadas e selvagens.

As galinhas também transmitem ocasionalmente a gripe a animais de criação como porcos ou, menos frequentemente, a pessoas.

Resultados 

Idealmente, a edição genética impediria completamente a replicação do vírus dentro dos animais, de modo que não representaria nenhum risco para os pássaros ou para as pessoas.

Mas no novo estudo, algumas galinhas editadas ainda foram infectadas, o que significa que a técnica ainda não é 100% eficaz.