El Niño ganha força e se aproxima do patamar de Super El Niño, diz Metsul

Pacífico Equatorial acelera aquecimento e anomalias de temperatura do mar se aproximam dos valores de um Super El Niño

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Região do Pacífico Equatorial usada para a classificação de El Niño apresenta neste momento as maiores anomalias de temperatura da superfície do mar desde o Super El Niño

Região do Pacífico Equatorial usada para a classificação de El Niño apresenta neste momento as maiores anomalias de temperatura da superfície do mar desde o Super El Niño

07deNovembrode2023ás15:24

O El Niño se intensificou nos últimos dias com maior aquecimento das águas do Oceano Pacífico Equatorial e as anomalias de temperatura do superfície do mar aproximam-se do patamar de um Super El Niño, esperando-se um aquecimento oceânico ainda maior no decorrer das próximas semanas com intensificação do fenômeno oceânico-atmosférico. O alerta é da Metsul Metereologia.

O último boletim semanal do estado do Pacífico da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), a agência de tempo e clima do governo dos Estados Unidos, indicou que a anomalia de temperatura da superfície do mar era de 1,8ºC na denominada região Niño 3.4, no Pacífico Equatorial Central.

Esta região é a usada oficialmente na Meteorologia como referência para definir se há El Niño e ainda avaliar qual a sua intensidade. O valor positivo de 1,8ºC está na faixa de El Niño forte (+1,5ºC a +1,9ºC) e se trata da maior anomalia semanal observada desde o começo deste evento de El Niño.

Nos últimos dias, por conta de ventos mais fortes de Oeste na faixa equatorial, o que favorece maior aquecimento das águas superficiais, a anomalia de temperatura do mar se elevou para 1,8ºC. Este é o maior valor semanal de anomalia informado pela NOAA para esta parte do Oceano Pacífico desde a semana de 9 de março de 2016, quando do Super El Niño de 2015-2016.

Por outro lado, a região Niño 1+2, está com anomalia de +2,2ºC, com El Niño costeiro muito forte junto ao Peru e Equador, aquecimento na região que teve início no mês de fevereiro e que atingiu o seu máximo de intensidade durante o inverno. A maior anomalia de El Niño costeiro na região Niño 1+2 neste ano se deu na semana de 19 de julho com 3,5º C.