Fome na América Latina atinge 43,2 milhões de pessoas em 2022

Índice de fome na região passou de 7% em 2021 para 6,5% em 2022

|
Os dados são do Panorama Regional de Segurança Alimentar e Nutrição na América Latina e no Caribe 2023, da ONU. (Foto - FGV)

Os dados são do Panorama Regional de Segurança Alimentar e Nutrição na América Latina e no Caribe 2023, da ONU. (Foto - FGV)

09deNovembrode2023ás14:47

Os países da América Latina e Caribe conseguiram avançar no combate à fome e à insegurança alimentar nos últimos anos, sobretudo em decorrência da melhora nos índices da América do Sul.

Com isso, na América Latina e no Caribe, o índice de fome passou de 7% em 2021 para 6,5% em 2022, o que representa, em números absolutos, que 43,2 milhões de pessoas se encontravam nessa situação. Apesar do recuo, a taxa ainda ficou 0,9% acima da registrada em 2019, ano imediatamente anterior à pandemia de covid-19. Entre a população mundial, a taxa se manteve estável em 9,2%.

Os dados são do Panorama Regional de Segurança Alimentar e Nutrição na América Latina e no Caribe 2023, elaborado por cinco agências do sistema da Organização das Nações Unidas (ONU). O documento, divulgado hoje (dia 9), detalha como fatores geopolíticos, a exemplo da guerra da Ucrânia, a crise sanitária da covid-19 e a crise climática afetam os números.

A evolução dos índices na região sul-americana foi constatada entre 2021 e 2022, embora, ao mesmo tempo, na região mesoamérica – que inclui Belize, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá, além de porções do México –, a proporção da população que ainda convive com a fome ou insegurança alimentar em estágio moderado ou grave aumentou.