Agricultores de SP testam ferramenta que facilita o processo de certificação orgânica
Tecnologia funciona no aparelho celular ou no computador e permite a gestão de dados na web
|Agricultores da Cooperativa Orgânica Agroflorestal Comuna da Terra, em Ribeirão Preto, conhecem ferramenta. (Foto - Vivian Chies/Embrapa)
A primeira versão de um conjunto de formulários digitais para o processo de certificação de alimentos orgânicos foi entregue pela Embrapa Territorial a agricultores da Cooperativa Orgânica Agroflorestal Comuna da Terra, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
A ferramenta funciona no aparelho celular ou no computador e permite a gestão de dados na web. A expectativa é que ela facilite o trabalho dos produtores e gere um banco de dados para as organizações que fazem a avaliação da conformidade orgânica e para o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
Os formulários correspondem aos planos de manejo enviados periodicamente pelos agricultores às instituições que atestam o caráter orgânico dos produtos - empresas certificadoras ou sistemas participativos de garantia. Nesses documentos, eles registram cada detalhe da produção, cultivo por cultivo, talhão por talhão.
Como funciona?
Se há plantio de tomate, por exemplo, é preciso informar quantas mudas foram plantadas, como foram adquiridas, quanto se espera colher, cada produto utilizado como fertilizante ou para o combate de pragas, para quem foi vendido, entre muitas outras informações.
Há que se reportar informações gerais sobre a propriedade, como medidas de conservação de solo, proteção de fontes de água, destinação de resíduos e até o manejo sanitário de animais domésticos.
Na Comuna da Terra, que reúne 20 famílias de agricultores do Assentamento Mário Lago, a administração do Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade (Opac) próprio da cooperativa auxilia os produtores no preenchimento dos planos de manejo no computador.
Mas os cadernos de campo, com o detalhamento do que está sendo produzido, ainda são manuais e as informações neles registradas ficam apenas com os agricultores.