Produtor gaúcho relata drama e escassez de itens básicos

Giovane Luiz Weber relatou "cenário de guerra" e mostrou esperança na reconstrução do Rio Grande do Sul

"Não há hoje nem logística para trazer material, tudo está alagado e inundado", disse o produtor Giovane Weber

"Não há hoje nem logística para trazer material, tudo está alagado e inundado", disse o produtor Giovane Weber

06deMaiode2024ás17:23

O produtor de tabaco do interior de Santa Cruz do Sul (RS), Giovane Luiz Weber em depoimento para Agrofy News contou os momentos que sua região passou e tem passado por causa das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada.

Em uma propriedade familiar de 11,5 hectares, ele cultiva tabaco, além de uma produção de subsistência - ele produz leite, ovos, grãos, verduras e legumes e cria suínos.

Ele mora na propriedade com a esposa Louvane e a filha Giovana. Seus pais, Seu Aloisio e dona Rosa, moram ao lado. Ele ainda criou uma vakinha virtual para ajudar agricultores mais afetados pelas enchentes (http://campanhadobem.com/ajuda-rio-grande-do-sul-4).

Confira o depoimento sobre as chuvas que atingem o estado:

“No momento de grande aflição, de tragédia, que a gente forma grandes homens e mulheres. Onde a gente conhece a força e a importância de pessoas se unirem para ajudar.

Eu sou o Giovani Luiz Weber, moro no município de Santa Cruz do Sul, região central do Rio Grande que passa por essa mesma dificuldade de muitos outros municípios que estão passando aí por grandes dificuldades por causa das cheias históricas.

Eu sou a terceira geração de agricultor aqui na propriedade ou seja meus pais, meus avós sempre lidaram com agricultura e nós estamos aqui, porém a gente está passando por situações, olha nunca antes imagináveis.

Graças a Deus, nossa propriedade aqui não foi atingida com mesma força de outros municípios, moramos numa região mais alta, não temos rios, não temos problema de desmoronamento.

Porém também passamos por dificuldades. Estamos, na nossa cidade, com falta de gasolina, produtos alimentícios no município, nos mercados estão acabando. Não temos não temos logística na região para trazer as mercadorias. Mas a gente mesmo assim, faz o possível pessoal para ajudar o próximo como muitos outros estão fazendo.

E aí aquela questão: na dificuldade a gente descobre a força que a gente tem. Hoje, nós temos saúde, estamos abalados sim, mas temos saúde e usamos essa saúde, essa força de vontade para não deixar a peteca cair como se diz. Para passar essa força e esse apoio as pessoas que estão em situações muito piores.