Conheça as “comunidades” de fungos e bactérias que são o futuro dos bioinsumos
Novos consórcios de biológicos elevam produtividade e até “limpam” resíduos de químicos
|O mundo dos microorganismos revela, cada vez mais, um potencial infindável para tornar a agropecuária mais produtiva e sustentável.
Como líder no segmento, o Brasil mantém dezenas de pesquisas sobre o tema que levaram a novas descobertas apontadas como o futuro dos bioinsumos.
Segundo a Embrapa, pesquisadores relatam que o uso de consórcios microbianos oferece benefícios significativos para o crescimento das plantas, superando os métodos tradicionais de inoculação de espécies únicas.
Estudos recentes revelaram que a combinação de diferentes microrganismos, como Bradyrhizobium e Pseudomonas oryzihabitans, resultou em um aumento de 11% no rendimento de soja, comparado às plantas tratadas individualmente.
Essa abordagem também promoveu um crescimento mais robusto das raízes e uma melhor acumulação de nutrientes.
Além disso, explica o pesquisador da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Peterson Nunes, consórcios envolvendo quatro fungos micorrízicos (Funneliformis constrictum, F. mosseae, Gigaspora margarita e Rhizophagus irregularis) e o fungo Beauveria bassiana (foto abaixo), encontrados no solo, demonstraram melhorias significativas no crescimento do algodão.