Melhor que soja, planta nativa terá investimento milionário do BNDES

Parceria público-privada reforça projeto para produção de biodiesel renovável e SAF com coquinho tupiniquim

Melhor que soja, planta nativa terá investimento milionário do BNDES
17deOutubrode2024ás12:28

Desconhecida e até desprezada, a fruta de uma palmeira nativa do Brasil desponta para construir um futuro brilhante ou, no mínimo, já bilionário.

Tida como melhor que a soja ou a palma para diversos fins, a indústria da macaúba já firma grandes passos antes mesmo de estar domesticada.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 257,9 milhões para a Acelen implantar um centro de inovação tecnológica, focado em pesquisa sobre a cultura.

O Acelen Agripark vai se focar principalmente no alto poder energético da macaúba, também conhecida como bocaiúva, macaíba, coco-babão e coco-de-espinho, entre tantos "apelidos", que está presente em regiões tropicais e sub-tropicais do país.

O investimento do banco público soma-se aos R$ 15,3 bilhões de empreendedores árabes que visam, inicialmente, produzir em larga escala diesel verde e combustível sustentável de aviação (SAF).

Mas isso não é tudo. Segundo estudos, a espécie rende até sete vezes mais óleo por hectare do que uma planta de soja, principal commodity de exportação do Brasil, e também tem diversas aplicações. 

macauba na mão

O óleo serve para consumo humano e para a indústria química, de cosméticos e de combustíveis. Já a farinha é rica em proteína e pode ser incorporada à dieta humana e de animais de companhia e produção