Brasil seguirá liderando alta das exportações globais de frango em 2025, diz USDA

Vantagens competitivas e status sanitário sustentam mais avanços no mercado mundial

Brasil seguirá liderando alta das exportações globais de frango em 2025, diz USDA
17deOutubrode2024ás14:53

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, do inglês) aponta para um crescimento de 2% nas exportações mundiais de frango em 2025, após dois anos de estagnação, para alcançar a marca recorde de 13,8 milhões de toneladas.

Embora esse crescimento seja apoiado por vários fornecedores importantes, a expansão do Brasil impulsiona uma grande parte, segundo o órgão.

A previsão para 2025 segue a tendência recente (desde a pandemia da COVID) pela qual a participação do Brasil no comércio mundial continua a aumentar em grande parte às custas dos Estados Unidos e da União Europeia (UE).

Participação no mercado global 2019 2020 2021 2022 2023 2024(F) 2025(F)
Brazil 30% 30% 32% 33% 35% 36% 36%
U.S. 25% 26% 25% 26% 25% 23% 22%
EU 17% 15% 14% 13% 12% 13% 13%
Thailand 7% 7% 7% 8% 8% 8% 9%
Other 21% 22% 22% 22% 20% 20% 20%

Múltiplos fatores

Segundo a USDA, não há um fator predominante que impulsione as exportações do Brasil a subirem para um nível recorde. 

A expansão é impulsionada por uma combinação de seu status livre de doenças, orientação para exportação e oferta de produtos, bem como preços competitivos

Muitos desses fatores também apoiam o aumento das exportações da Tailândia, que devem atingir níveis recordes.

Bloqueios sanitários

O Brasil continua mantendo seu status de livre de influenza aviária altamente patogênica (HPAI), pois os surtos foram limitados a aves selvagens e animais de quintal, sem casos em operações comerciais.

Como resultado, não houve impacto na produção ou restrições comerciais impostas pelos principais mercados. Da mesma forma, a Tailândia não teve um caso de HPAI comercial desde 2009.

Embora surtos recentes de gripe aviária em operações comerciais nos Estados Unidos e na UE tenham tido impactos mínimos na produção, as restrições comerciais persistentes relacionadas à doença continuam a restringir as remessas para vários mercados.