Paraná aposta na inteligência artificial para combate da ferrugem da soja

Doença já causou significativas perdas de safra no passado

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Paraná aposta na inteligência artificial para combate da ferrugem da soja
06deNovembrode2024ás11:54

O Paraná avança com um projeto inovador de aplicação de Inteligência Artificial (IA) na agricultura, focado no monitoramento e controle da ferrugem da soja, dentro da iniciativa Alerta Ferrugem. 

Coordenado pelo professor Marcelo Giovanetti Canteri, do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e diretor do Centro de Inteligência Artificial no Agro (Ciagro), o programa reúne especialistas de várias instituições paranaenses para desenvolver tecnologias que beneficiem o campo.

A ferrugem da soja, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, é uma das doenças mais destrutivas para a cultura da soja, já gerando grandes perdas nas safras passadas. 

O programa Alerta Ferrugem monitora mais de 200 coletores espalhados por plantações de soja no estado, abrangendo áreas de Assis (SP), Londrina, Campo Mourão, Cascavel, Pato Branco e Guarapuava.

Esses coletores funcionam como "armadilhas" montadas sobre as plantas que capturam o fungo com o vento. Tradicionalmente, pesquisadores precisavam ir até os coletores e usar microscópios para analisar os esporos. 

Agora, com a IA, a presença do fungo é monitorada remotamente, permitindo uma análise mais ágil e precisa sem a necessidade de deslocamento.

O IDR-PR implantou a rede de armadilhas, tornando o processo de monitoramento mais eficaz. Segundo o professor Canteri, a ferrugem é uma praga persistente.