Governo bate cabeça em busca de alternativas para baixar preço dos alimentos
Calcanhar de Aquiles da atual gestão prejudica popularidade de Lula
A inflação dos alimentos segue como um dos principais desafios para o governo federal, afetando diretamente o poder de compra das famílias brasileiras e a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2024, o grupo de Alimentação e Bebidas registrou uma inflação acumulada de 7,69%, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O tópico contribuiu com um terço do total e foi sete vezes maior na comparação com 2023, que teve apenas 1,03%.
O “calcanhar de Aquiles” ficou evidente em pesquisas de avaliação popular sobre o Governo Federal. A taxa de desaprovação de Lula alcançou 48% em dezembro, superando pela primeira vez o índice de aprovação, que ficou em 45%, segundo pesquisa do PoderData.
Por isso, diante da escalada de preços, o Palácio do Planalto colocou o tema como prioridade, mas as ações adotadas até o momento têm gerado mais polêmicas do que soluções concretas.
Uma das medidas mais controversas foi o anúncio de uma “intervenção” no setor, que deixou agentes do mercado apreensivos e fez o Governo recuar uma vez mais.
Embora o governo não tenha detalhado como essa intervenção funcionaria, a incerteza gerada foi suficiente para aumentar a tensão entre produtores e distribuidores de alimentos.