Com guerras mundo afora, Brasil antecipa e realiza maior compra de fertilizantes até maio
Conflitos pressionam mercado global e país acelera importações com foco em fontes alternativas de fósforo
|
Além do risco geopolítico, o mercado enfrenta redução na oferta global de fósforo, influenciada pela menor presença da China nas exportações. (Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná)
O agravamento de conflitos mundo afora, especialmente no Oriente Médio, acendeu um alerta global e atingiu em cheio o campo brasileiro.
A escalada entre Irã e Israel impactou diretamente os preços do petróleo e elevou os custos de fertilizantes nitrogenados — insumo essencial para culturas como o milho safrinha.
Diante do cenário de incertezas e volatilidade no mercado internacional, o Brasil se antecipou e registrou o maior volume histórico de importações de fertilizantes entre janeiro e maio.
Segundo relatório do Rabobank, divulgado na quarta-feira (26), foram 15,2 milhões de toneladas desembarcadas no período, movimento que reforça o preparo do setor para a próxima safra.
O banco destaca que a instabilidade no Oriente Médio — com paralisações na produção de ureia e amônia no Irã e no Egito — aumentou os riscos logísticos e empurrou os preços para cima.
Embora o Brasil ainda não tenha sentido o impacto pleno dessa escalada, o setor agrícola correu para garantir o abastecimento antes de uma possível disparada nos preços.