Veterinários alertam sobre os riscos da raiva na criação de animais

O produtor precisa comunicar as autoridades sobre casos suspeitos e vacinar os rebanhos e animais domésticos.

Veterinários alertam sobre os riscos da raiva na criação de animais
24deJaneirode2022ás18:01

Os produtores brasileiros precisam estar atentos à sanidade dos rebanhos. A raiva é uma doença que preocupa as autoridades de saúde e precisa ser combatida ininterruptamente. Trata-se de uma doença com sequelas nervosas que leva o animal a óbito com frequência e traz prejuízos significativos aos pecuaristas em todo o país.

A médica veterinária Cheila Rubia L. M. Duarte explica que os primeiros sintomas são isolamento do animal e perda de apetite, os quais também ocorrem em outras doenças e por razões diversas, mas no caso da raiva esses sintomas iniciais evoluem rapidamente. “Apresentando sinais neurológicos como salivação intensa, tremores musculares, andar cambaleante, decúbito e movimentos de pedalagem, opistótono e morte; em casos raríssimos, pode ficar agressivo”, diz.  

Como consequência do acometimento nervoso, o animal não consegue se alimentar e nem se movimentar e, entre três e sete dias do início dos sinais, morre. “A raiva é fatal em 100% dos casos”, salienta Cheila, que é extensionista na região de Bragança Paulista, lotada na CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA).

Outro dado a ser considerado é que a pecuária, em especial a leiteira, está presente na maioria das áreas rurais do país. “Além dos prejuízos financeiros à pecuária brasileira, como perda de animais e gastos com medicação, o risco para a saúde humana é real, especialmente para pessoas que manipulam um animal acometido pela doença”, reforça a veterinária.