Proteína vegetal cresce, mas não deve afetar preço ao pecuarista
O que gera insatisfação são a rotulagem e o discurso adotado sobre estes produtos da nascente cadeia
|Hambúrguer vegetal à base de fibra de caju enriquecido com proteína texturizada de soja. (foto - Ana Elisa Galvão/Embrapa)
Apesar de serem ainda classificados como nicho de mercado, os produtos à base de plantas, chamados plant based em inglês, aumentam sua presença e variedade nos mercados.
Informações coletadas pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA) mostram que a perspectiva é de que continuem a crescer numa tendência global.
A entidade cita estudo da Bloomberg Intelligence sobre o comércio destes produtos em 2020 que teria chegado a US$ 29,4 bilhões. A projeção para 2030 é que atinja a US$ 162 bilhões, equivalente a 7,7% do mercado mundial de proteínas.
“Vemos que quando surge uma startup para atuar na área ela angaria muitos recursos, no Brasil e no exterior, tanto que também as gigantes da proteína animal do país igualmente entram neste mercado”, afirma Bruno Lucchi, diretor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Numa pesquisa pela internet não é difícil se encontrar produtos de base vegetal da JBS, BRF, Marfrig além de outras de porte menor e várias foodtechs, incluindo estrangeiras como a chilena NotCo.