Pressão "bearish" empurra preço da soja para baixo
Enquanto isso, Piauí consolida-se como referência em produtividade no Matopiba
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Plantação de soja já próxima do período de colheita. (foto - Getty Image)
O Cepea identificou uma pressão baixista, também chamada “bearish” entre os profissionais de mercados futuros, para o preço da soja. A tendência é explicada por preocupações sobre uma recessão econômica e a elevação de juros por todo o globo. O preço da soja fechou a R$ 190,67 na sexta-feira (dia 8) frente a R$ 194,02 uma semana antes (dia 1).
A expressão “bearish” faz analogia a um ataque de urso (bear) que desfere os golpes de cima para baixo, empurrando a vítima ao solo. Pois essa pressão para baixo tem afastado investidores dos mercados futuros e gerado desvalorizações de commodities de forma geral, inclusive da cotação da soja.
Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão sobre as cotações internacionais da oleaginosa foi reforçada na semana passada pela menor demanda de grão norte-americano por parte da China e pelas desvalorizações do óleo de soja e do petróleo.
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Preço da soja fechou mês de junho com leve altaNo Brasil, o mercado sentiu a pressão externa e os preços também caíram ao longo da semana passada ainda que de forma moderada. Ressalta-se que a queda no valor doméstico foi limitada pela valorização do dólar frente ao Real.
Soja no Piauí
O Piauí mais uma vez é destaque nacional em produtividade com média de 60 sacas de soja por hectare. O estado que é o “PI” do acrônimo “Matopiba” consolida-se como referência entre os estados da nova fronteira agrícola do país.
Assim, os produtores piauienses conseguiram atingir de 3,2 milhões de toneladas de soja na safra deste ano. A oleaginosa e o milho lideraram a produção de 6,1 milhões de toneladas de grãos do Estado.
Os dados mais atualizados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) apontam para quase 3 milhões e 200 mil toneladas, explica o diretor-executivo da Associação de Produtores de Soja do Piauí (Aprosoja Piauí), Rafael Maschio. "Boa parte dessa produção, não só a soja, como a do milho vem do cerrado", lembra Maschio.
No caso do milho, o levantamento da Conab aponta para 2 milhões e 700 mil toneladas. Rafael lembra que as duas culturas representam mais de 90% da safra de grãos do estado.