McKinsey: produtor brasileiro reduz opção por compra digital “pós-Covid”
Contudo, 71% misturam presencial e on-line em suas jornadas de negócios
Grandes e jovens produtores de grãos parecem ser pioneiros na adoção de tecnologias agrícolas
O agricultor brasileiro reduziu sua preferência por realizar negócios por plataformas digitais de 46% para 41% na comparação entre 2022 e 2021, segundo a terceira edição da pesquisa da McKinsey “A Mente do Agricultor Brasileiro 2022”, divulgada hoje (dia 30).
Segundo o estudo, uma das hipóteses é justamente o "fim" ou menor intensidade da pandemia de Covid-19, que possibilitou a retomada de práticas mais tradicionais. Ainda assim, a maioria dos produtores no país - 71% - combinam o presencial e o digital para realizar compras.
Para realizar o estudo, a consultoria utilizou mais de 800 mil dados de produtores brasileiros coletados cumulativamente nos últimos 36 meses, além de mais de 5 milhões de dados de produtores outros 9 países de quatro continentes coletados em 2022.
Os países analisados foram, além do Brasil, Estados Unidos, Canadá, Índia, China, França, Alemanha, Holanda, Espanha e Argentina.
No Brasil, foram ouvidos 2 mil produtores de cinco tipos de atividades, entre elas grãos, algodão, cana-de-açúcar, café e verduras e legumes, que responderam a mais de 200 perguntas.
O questionário abrangeu toda a estação de plantio e colheita, com foco especial na evolução das preferências digitais dos produtores para compra de insumos e equipamentos e venda de safras, bem como adoção de tecnologia e sustentabilidade.
A McKinsey aponta sete destaques principais:
1- A preferência por interações digitais parece ter atingido um platô após um pico durante a pandemia