Produtora vence prêmio nacional com sua primeira safra de café
Em menos de dois anos, cafezal já foi reconhecido pela ABIC e a Emater; descubra o segredo.
O trabalho de colheita foi feito todo de forma manual e deve chegar a 300 ou 350 sacas. (foto - arquivo pessoal)
Milhares de cafeicultores gostariam de ter a qualidade de sua produção reconhecida publicamente e, ainda mais, por especialistas da Associação Brasileira das Indústrias de Café (ABIC), da Emater ou da Florada Premiada.
A “recém-cafeicultora” Iasmin Vilela Resende conseguiu isso em sua primeira safra de café pelas três instituições. Alguém poderia pensar que a história dela foi “sorte de principiante”, mas, na verdade, a produtora fez "tudo certo” para obter os melhores resultados.
A então comerciante e seu esposo, Vilson dos Reis Resende, sempre desejaram plantar café e deram os primeiros passos decididos para isso ainda em 2018. Naquele ano, compraram uma área de 82 hectares em Rio Pardo de Minas, em Minas Gerais.
A Fazenda Nascente D’água possui uma localização com solo, clima e altitude ideais para o cultivo.
“Meu esposo sempre teve vontade de plantar café. O pai dele tinha 2 hectares e ele ajudava. Mas, quando ainda era adolescente, parou para estudar fora aos 15 anos. Sempre conversamos sobre isso até que surgiu a oportunidade de comprar uma área favorável para a cafeicultura”, contou.
A partir daí, os dois dedicaram-se a escolher as variedades adequadas e, com apoio da Fundação Procafé, decidiram por plantar a espécie arábica com a variedade conhecida como Arara por ela ser resistente ao bicho-mineiro.
A subespécie é resultado do cruzamento entre a variedades Obatã e Catuaí Amarelo, após muita pesquisa, e tem sido bem aceita justamente pelas caraterísticas de resistência a pragas e boa produtividade.
Assim, os plantios dos pés de café começaram em 2020, primeiro com 10 hectares, e cresceram pouco a pouco com mais 10 hectares em 2021 e outros 16 hectares em 2022. Já neste ano de 2022, os primeiros pés começaram a dar frutos.