Conab aponta alta nos preços das "frutas de natal"
Como consequência, consumo de itens como cereja, damasco, pêssego e ameixa está em queda
|Alta no preço das cerejas chega a 137% na comparação com 2021. (foto - Azerbaijan Stockers/Freepik)
A Companhia Nacional de Abastecimento divulgou hoje (dia 16) o 12º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort) com destaque para a comercialização das frutas mais consumidas nas festividades de final de ano.
Segundo a publicação, os preços estão mais caro, o que reduziu o consumo, devido ao aumento nos custos relacionados ao frete e a outros insumos, além da inflação mundial (no caso de frutas importadas).
Frutas de caroço, como o pêssego e a ameixa, mantiveram preços com poucas oscilações no ano, mas com crescimento consistente em relação ao ano de 2021.
O levantamento aponta que, no caso do pêssego, a quantidade total comercializada nas Ceasas caiu 16%, o que não pode ser explicado apenas por causa da diminuição da produção.
“A redução na renda da população e nas importações em relação a 2020, o câmbio desvalorizado e o aumento dos custos dos insumos no exterior também têm influência relevante no cenário”, diz a Conab.
Por sua vez, a ameixa observa tendência de alta nos preços, apesar das muitas oscilações. O mercado dessa fruta enfrenta dificuldades semelhantes às do pêssego, embora a produção interna agregada comercializada nas Centrais de Abastecimento tenha aumentado 9%.
O volume importado foi um pouco maior em relação a 2021 e menor em relação a 2020, e boa parte disso pode ser explicado pelo leve aumento da produção interna.