Demanda chinesa por farelo limita queda da cotação da soja

Receio de recessão global é o principal fator baixista nas últimas semanas

|
Com menor oferta da Argentina, demanda chinesa por farelo de soja pode se deslocar ao Brasil. (foto - ilustrativa)

Com menor oferta da Argentina, demanda chinesa por farelo de soja pode se deslocar ao Brasil. (foto - ilustrativa)

19deDezembrode2022ás09:53

 

A cotação da soja ainda acumula baixa de 0,81% em dezembro no mercado doméstico diante de fatores opostos no mercado internacional. Se por um lado a demanda firme sustenta os preços, o receio de uma recessão global inibe as altas.

Os fatores altistas são, principalmente, o apetite chines por farelo de soja com a menor oferta argentina pelo produto, graças à quebra da produção no país devido a fatores climáticos.

Segundo indicam dados do Cepea, as transações globais de farelo devem somar recorde de 70,08 milhões de toneladas nesta temporada. Deste total, 37,9% devem sair da Argentina, 27,9%, do Brasil e 17,7%, dos Estados Unidos.

De acordo com relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a China deverá importar 235,24 mil toneladas de farelo de soja na safra 2022/23, o maior volume desde 2010/11 e quatro vezes mais que a quantidade importada em 2021/22.