Agricultor dribla custos de fertilizantes por meio da tecnologia
Maquinário, imagens de satélite e produtos biológicos foram essenciais para aumentar a lucratividade, apesar dos altos custos de produção
Produtor conseguiu reduzir o consumo de NPK em 15% e elevar a produtividade em até 10 sacos de soja ao mesmo tempo. (foto - pessoal)
Alguns problemas não têm uma solução única. É o caso da alta dos preços dos fertilizantes, que afeta o lucro dos produtores e até sua produtividade. Por isso, o agricultor Nino Catelan Mosena decidiu lidar com o problema implementando um conjunto de medidas, sempre baseadas na tecnologia.
O jovem agricultor tem 33 anos assumiu duas propriedades de sua família no município de São Gabriel do Oeste, Mato Grosso do Sul, há apenas dois anos, após mais de quatro décadas de gestão do pai.
Desde o primeiro momento, ele se mostrou aberto a testar novas ferramentas para economizar fertilizantes e manter (ou mesmo aumentar) os níveis de produtividade na área, principalmente à soja e ao milho, mas também sorgo, milheto e forrageiras.
Ele estava pronto para assumir o desafio porque, apesar de ser de “família de fazendeiros”, também ensina gestão do agronegócio em instituições relevantes do Brasil.
Porém, a responsabilidade de encarar a vida real da gestão das fazendas, além da teoria, eram enormes, e as oportunidades de aperfeiçoamento também.
Aplicação em taxa variável
A primeira medida que ele adotou foi a taxa variável para aplicação de fertilizantes. Foi antes mesmo do conflito entre a Rússia e a Ucrânia que elevou os preços do NPK ao redor do mundo.
Segundo a Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja), o aumento chegou a 350% em maio, depois começou a cair. Apesar disso, esses insumos nunca voltaram aos parâmetros anteriores, e continuam operando em novos e maiores níveis de preços.
Para isso, trouxe um espalhador de fertilizantes Jacto Uniport NPK 5030. “Tínhamos alguns talhões com 800 quilos de NPK e outros com menos de 50 quilos. Essa foi a primeira conquista e favoreceu muito a nossa produtividade”, disse.