FGV analisa superávit comercial do Brasil em 2022

Com US$ 61,8 bilhões, indicador ficou ligeiramente acima ao de 2021; agro é destaque

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Em 2022, soja foi o principal produto exportado, seguido do petróleo bruto e o minério de ferro. (foto - Sistema CNA/Senar)

Em 2022, soja foi o principal produto exportado, seguido do petróleo bruto e o minério de ferro. (foto - Sistema CNA/Senar)

16deJaneirode2023ás10:12

Em 2022, o valor exportado do Brasil cresceu 19,1% e o valor importado 24,3%, na comparação com 2021, o que levou a um superávit na balança comercial de US$ 61,8 bilhões, superior ao de 2021 que foi de US$ 61,4 bilhões (uma diferença de US$ 400 milhões). 

Os dados foram divulgados nesta segunda (dia 16) pela Fundação Getúlio Vargas e fazem parte da versão preliminar da edição do Icomex (indicador de comércio exterior) de janeiro. A versão final será divulgada nesta quarta.

No ano passado, o superávit da agropecuária aumentou, o da extrativa reduziu e o déficit da indústria de transformação aumentou.

Segundo a FGV, as restrições da oferta agrícola associada à Guerra na Ucrânia e questões climática elevaram os preços agrícolas, pois o aumento no volume exportado foi de 2,6% menor do que o da indústria de transformação.

Na extrativa, preços e volume das exportações recuaram com o desempenho do minério de ferro desfavorável. O déficit na indústria de transformação é recorrente na balança comercial do Brasil desde 2009.

Para 2023, as projeções sinalizam para um menor crescimento da economia mundial do que em 2022 e de uma taxa de crescimento do Brasil abaixo de 1%. Exportações menores e importações menores seriam esperadas.

“Os preços agrícolas não devem acelerar com o fim do efeito das secas e substituição das fontes de grãos da Ucrânia e da Rússia o que significa que a melhora das exportações irá depender mais do volume exportado”, diz o texto. 

Commodities

A participação das commodities no total exportado em 2002 foi igual a de 2021, 68%. Esse grupo registrou aumento de 19,2% em relação a 2021 explicado pela variação de 13,9% dos preços e 4,4% do volume.