Conab prevê 7,9% de aumento na produção de café em 2023

Crescimento é previsto apesar da bienalidade negativa e intercorrências climáticas

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O café brasileiro foi comercializado internacionalmente com 145 países em 2022. (foto - ilustrativa)

O café brasileiro foi comercializado internacionalmente com 145 países em 2022. (foto - ilustrativa)

19deJaneirode2023ás12:15

A primeira estimativa para a safra de café em 2023 aponta para uma produção de 54,94 milhões de sacas de café beneficiado. Mesmo neste ano de bienalidade negativa, a previsão inicial sinaliza uma produção 7,9% superior à colhida em 2022, que fechou em 50,9 milhões de sacas.

As informações são do 1º Levantamento da Safra de Café 2023, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) hoje (dia 19).

A área total destinada à cafeicultura no país em 2023, contabilizando as duas espécies mais cultivadas no país (arábica e robusta), totaliza 2,26 milhões de hectares, aumento de 0,8% sobre a área da safra anterior, com 1,9 milhão de hectares destinados às lavouras em produção e 355,5 mil hectares em formação.

“Vale destacar que, nos ciclos de bienalidade negativa, os produtores costumam realizar tratos culturais mais intensos nas lavouras, que só entrarão em produção nos próximos anos”, ressalta o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro.

Segundo ele, a estabilidade na área brasileira de café tem sido compensada pelos ganhos de produtividade aas últimas safras, representado pela mudança tecnológica observada na produção cafeeira no país.

Previsão de safra para o café arábica

Para o café arábica, as estimativas iniciais da Conab apontam para uma retomada de produção em Minas Gerais, principal estado cafeicultor do país, o que impacta positivamente sobre a perspectiva nacional, mesmo com os efeitos da bienalidade negativa sobre muitas das regiões produtoras.

“De maneira geral, há um aumento na área total do país em produção em relação ao ciclo passado, bem como uma estimativa de incremento na produtividade média, impulsionado, particularmente, pelos rendimentos médios esperados em Minas Gerais, São Paulo e Paraná”, explica o superintendente substituto de Informações da Agropecuária, Rodrigo Souza.